Funções Executivas!

Funções executivas

As funções executivas são controladas por uma área do cérebro chamada córtex pré frontal, e constituem as ferramentas necessárias para processar as informações recebidas e gerenciar a execução de atividades cognitivas.

Esses processos incluem as habilidades utilizadas para adequar as respostas, revendo e corrigindo sistematicamente cada etapa com a finalidade de atingir um objetivo.

Por isso, desempenham um papel essencial no desenvolvimento das crianças.

As funções executivas consideradas principais são: controle inibitório, memória de trabalho e flexibilidade cognitiva. Outras funções, denominadas complexas, como organização, planejamento, iniciativa, metacognição e monitoramento de tempo, são o resultado do trabalho integrado entre as três primeiras.

Problemas no desenvolvimento das funções executivas são comuns acompanhando quadros de TDAH (Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade) , Síndrome de Down, TOD (Transtorno Opositivo Desafiador), DI (Deficiência Intelectual), Dislexia e Autismo.

Devemos, no entanto, levar em consideração que a aquisição da linguagem permite que a criança desenvolva adequadamente as habilidades de controle inibitório e autorregulação. Consequentemente, um desenvolvimento tardio e atípico da linguagem, como acontece no TDL, impactará diretamente as funções executivas.

A criança não nasce com essas habilidades. O desenvolvimento das funções executivas é um processo lento, que se inicia no primeiro ano de vida, atinge um nível bom por volta dos 7 anos, porém apenas será consolidado no final da adolescência. Então, durante toda a infância as crianças vão construindo habilidades que estão diretamente ligadas a experiências que podem ser reforçadoras ou negativas.

Esse processo não depende diretamente do conteúdo acadêmico. Porém, o sucesso acadêmico depende das funções executivas.

Crianças tratadas com respeito, incentivadas a ter autonomia, com oportunidade de brincar com amigos e de, participar, ou, ao menos, poder compreender as decisões tomadas pelos adultos, tendem a possuir melhor desenvolvimento dessas habilidades.

Elas conseguem modelar seu aprendizado vivenciando experiências onde precisam manter atenção até conseguir vestir uma roupa, a controlar seus impulsos para esperar a vez do outro, resolver pequenas disputas e suportar frustrações. Ou seja, os aspectos físico, social e emocional estão juntos nesse processo.

O funcionamento de certas áreas relacionadas às funções executivas permite que a criança seja capaz de entender o que as outras pessoas estão pensando. Perceber que podem haver opiniões diferentes da delas e também que ela pode estar errada.

Essas abstrações sofisticadas são necessárias para o sucesso das interações sociais.

Existem várias dicas, que podem facilmente ser aplicadas para favorecem um bom desenvolvimento:

*Envolver a criança na rotina da casa, explicando e pedindo ajuda dela.

*Ensinar o autocuidado,

*Brincar bastante (esconde - esconde, jogos de tabuleiro, amarelinha, faz de conta, etc)

*Prática regular de esportes ou artes marciais

*Leitura e crianção de histórias.

K.D.

Equipe mundo TDL