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Contato Visual

  • Foto do escritor: Mundo TDL
    Mundo TDL
  • 30 de abr. de 2019
  • 4 min de leitura



Olá amigos do Mundo TDL!  Nosso assunto é o contato visual. Falaremos sobre sua importância, sobre o motivo de, em alguns casos, ele estar reduzido e a forma correta de estimular. O contato visual corresponde a uma parte muito importante da linguagem. É através da observação do outro, do ambiente, das reações e das mudanças de expressão, que a criança acumula conhecimentos sociais implícitos. Ela consegue entender o que o outro sente, como ele demonstra e o que ele espera dela, assim, vai captando pistas sociais que vão permitir que ela participe da comunicação não verbal de maneira cada vez mais eficiente. Uma complexa rede de integração do sistema nervoso deve estar madura e operando em sincronia para que haja um contato pleno, funcional, capaz trazer informações importantes e relevantes para o cérebro utilizar. Anatomicamente falando,  isso significa que todas as estruturas que compõe o aparelho visual devem estar perfeitas. Deve-se também, investigar como está a visão direta e periférica (campo visual). Crianças que não tem boa visão periférica ou que não enxergam bem com um ou ambos os olhos, não farão bom contato visual. O contato visual pode e deve ser estimulado desde os primeiros meses de vida, de maneira natural e carinhosa. Você deve olhar para o bebê e, quando ele retornar, aproveite para sorrir, falar, brincar de escondeu- achou.  À medida que a criança cresce, procure olhar para ela sempre que for conversar, sem desviar ou se distrair com outra coisa. Se você fizer isso, ela aprenderá a fazer também. Quando for ensinar como dizer "oi" ou "tchau", já aproveite e instrua para que ela olhe para quem estiver cumprimentando ou despedindo. Existem várias possíveis causas que reduzem o contato visual: ansiedade, desinteresse ou timidez. É fundamental descobrir a causa para que a criança possa receber ajuda e estímulos adequados para as necessidades dela.  Muito importante saber que não devemos ensiná-la uma habilidade vazia, ou seja,  simplesmente treinar a criança para olhar. Isso pode não se benéfico.  A causa mais comum é a ocorrência de TPS (Transtorno do Processamento Sensorial). Nesse caso, a criança pode, em certos momentos, se sentir sobrecarregada pelo excesso de informações visuais para processar. Estes excessos geram um desconforto muito grande e necessidade de diminuir a intensidade. Para conseguir se manter ciente de outras informações que chegam por todos os sentidos, a criança entra num processo de defesa sensorial e passa a evitar estímulos. No caso de crianças maiores  com claros sinais de desconforto, que as leva a evitar o contato visual, seria aconselhável uma avaliação de todo processamento sensorial com uma terapeuta ocupacional especializada em integração sensorial.  Geralmente, a terapia de integração dá ótimos resultados, pois ajuda o cérebro a organizar o recebimento, interpretação e reação aos estímulos recebidos simultaneamente pelos sentidos. Sem esse alinhamento, a criança com TPS poderá ter dificuldade para montar o quadro completo daquilo que está vendo. Em alguns momentos,  a criança pode dar preferência a um imput sensorial apenas e se concentrar nele. Assim, pode acontecer dela ouvir com bastante atenção e compreender bem, sem olhar para o interlocutor. Nesses casos, ao evitar o olhar, o cérebro está livre para decodificar as informações vindas pelo sistema auditivo. No entanto, é importante estimular o contato visual dessas crianças maiores, em casa. A criança, devagar, precisa  reduzir a resistência e aprender a olhar. Quando existe a TPS e a criança não se sente confortável olhando para os olhos das pessoas, ela costuma evitar olhar o rosto todo e não percebe nem os gestos. Além disso, o ato de não olhar passa a ser um hábito, então, mesmo quando não existe desconforto, a criança não olha.   Quando a estimulamos a fazer contato visual ou a olhar para as pessoas e o que elas estão fazendo, podemos modificar esses hábitos.  Em muitos casos existe uma melhora significativa da comunicação não verbal e, consequentemente, da interação social. Para estimularmos um contato visual sadio devemos respeitar os limites da criança, sem nunca a forçar a olhar.  No dia a dia, certos acessórios são úteis para chamar a atenção da criança para o rosto, como por exemplo, óculos, chapéus, ou ítens chamativos.  Vamos oferecer algumas sugestões de brincadeiras que podem ajudar. Todas são atividades lúdicas, pois o ideal é que ela nem perceba o objetivo de trabalhar a visão: 1) Escondeu- achou: Essa brincadeira que agrada crianças novas, também pode cativar crianças maiores desde que os adultos se divirtam junto e todos deem muitas risadas. Vocês podem brincar após o banho por exemplo. Na hora de vestir as roupas. Cadê a mão? Achou! Cadê a cabeça? Achou! Cadê o pé? Achou! 2)Jogar bola: Jogar a bola um para o outro estimula a criança a observar todos os seus gestos e antecipar seus movimentos. Quando você for jogar, traga a bola perto do rosto e simule que vai jogar algumas vezes, criando um suspense divertido e trazendo a atenção para seus olhos. 3)Máscaras Brincadeiras com máscaras( compradas ou feiras em casa) podem ser uma ótima oportunidade para a criança tímida se soltar mais. Além dela se sentir escondida, apenas com os olhos à mostra, ela também pode criar um roteiro de falas de acordo com o personagem.  4) Binóculos Você pode comprar binóculos infantis ou fazer em casa usando rolos vazios de papel toalha. A criança brinca de olhar através dos binóculos para os objetos e para você. Vocês podem brincar de fazer caretas engraçadas um para o outro. 5) Músicas e rimas: Você pode brincar de cantar, inclusive com um microfone de mentirinha. Dance, faça caras e bocas enquanto canta. A criança vai achar divertido e vai olhar para você. Incentive-a ( sem forçar) a cantar também. 6) Pintura facial. Se a criança gostar de pinturas faciais vocês podem brincar de um desenhar no rosto do outro. Existem produtos atóxicos especiais para esse tipo de atividade. 7)Brincadeiras em frente a um espelho Encoraje a criança e se olhar no espelho e brincar de fazer expressões (feliz, triste, bravo, assustado). Brinquem de adivinhar o que a expressão do outro significa, sempre de forma leve. Experimentem acessórios divertidos. Façam caretas engraçadas. 8)Dança laranja Em duplas e sem a ajuda das mãos, os participantes devem dançar enquanto equilibram uma laranja ou uma bexiga entre suas cabeças. A dupla que deixar o objeto cair é eliminada. Trabalha além do contato ocular, equilíbrio e estratégias. Abraços a todos (K.D. e L.M.) Equipe Mundo TDL

 
 
 

1 Comment


barbara
May 10, 2019

Essas brincadeiras servem pra o TDL?

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