Autonomia.
- Mundo TDL
- 5 de mai. de 2019
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A palavra autonomia vem do grego: auto - de si mesmo - e nomos – lei. Governar a si mesmo. A habilidade de estabelecer sua própria lei, ou seja, ser capaz de tomar uma decisão baseado nas informações disponíveis e em seu juízo moral. Ajudar a criança a desenvolver autonomia é fundamental. Isso não significa deixa-la fazer tudo o que quiser, ou simplesmente ensiná-la a executar tarefas. Significa que a criança deverá participar das decisões sobre o que ela deve fazer, ou o que ela deve comer, ou vestir. Ou o que pensar diante de uma descoberta ou uma dúvida. A criança deve ser convidada a pensar, participando ativamente do processo de colher dados, analisar dados e chegar a uma conclusão. Deverá ser estimulada a considerar fatores relevantes para si mesma e para os outros. Gradativamente, à medida que a criança cresce e se desenvolve, as descobertas e as decisões vão aumentando em complexidade e a criança vai lidando com mais informações simultaneamente.
Assim a criança vai aprender a responder de forma correta porque escolheu o melhor, ao invés de simplesmente acatar o que o adulto falou por pressão, medo de castigos ou esperando recompensas.
Esta forma de educar onde o adulto toma as decisões e as impõe à criança é chamada heteronomia (ser governado pelos outros). A criança é levada a obedecer sem compreender as regras, sem ser respeitada e sem ser estimulada a avaliar os diversos fatores que envolvem uma decisão.
A falta de autonomia prejudica o indivíduo por toda a vida, pois o torna extremamente dependente, incapaz de tomar decisões desde as mais importante até as mais simples e leva a um descontrole emocional. A falta de senso crítico e o costume de obedecer cegamente buscando aprovação alheia o tornarão vulnerável.
Falando de criar autonomia no contexto de aprendizagem é muito importante relação entre professor-aluno seja construída com base de respeito mútuo, cooperação entre iguais e reconhecendo o aluno como sujeito construtor do seu conhecimento. A educação deve se dar num ambiente solidário, onde ocorra o respeito entre todos os integrantes e quando necessário a aplicação de sanções, que estas sejam por reciprocidade, fazendo com que o infrator reflita sobre sua ação. As atividades devem ser feitas de forma cooperativa, os alunos trabalhando em grupo com a interferência provocativa do professor, assim tanto professor como aluno assumem a postura de pesquisador.
Desta forma a criança desenvolverá a capacidade de refletir diante de uma informação ou um conjunto de informações, aprenderá a experimentar possibilidades, criar deduções e procurar por uma resposta. Aprenderá a resolver problemas. Essa competência será importante no aprendizado da matemática, onde ao invés de esperar que o professor ensine um caminho de resolução que será decorado, a criança poderá ir junto com o professor explorando as diversas formas de calcular e resolver as atividades propostas.
(K.D.)
Equipe Mundo TDL

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